Dia de São Francisco de Assis, protetor dos animais. É simpático o santo. Exemplo edificante de conservação das espécies. Sabedoria do amor, que é a razão da vida. O planeta foi povoado dos animais, todos remanescentes da vida, sob iguais condições de sobrevivência. Ao ser humano, entretanto, coube a evolução, digamos, mais imediata. Apropriações do corpo físico e da inteligência. O domínio da Terra. E, em consequência disso, da falta do desenvolvimento compatível da moral, a destruição das outras espécies.
E, por o que se observa, é possível, em breve tempo, serem os animais banidos. Talvez, restarão, a título de amostra, viveiros de poucos animais, em reservas mantidas pelo estado, e fortemente fiscalizadas.
Convém afirmar que as perdas não serão apenas dos animais, mas das espécies botânicas, também. Ainda, com o decorrer do tempo longo, o desaparecimento da raça humana. O que fica é o que está acima, a existência espiritual. Esta é eterna. E caberá, desde já, o ressentimento ao homem, pela perseguição aos outros animais.
O amor de uns aos outros abrange, também, as criaturas tidas como irracionais. Assim, vem a se constituir santidade a manifestação do amor aos animais. São Francisco de Assis, de racionalidade e espírito superiores, pôde amar a todos. O que representa ser possível ao ser humano amar, também, e contribuir racional e espiritualmente com a paz do mundo.
*João Marques dos Santos, natural de Garanhuns, onde sempre residiu, é poeta, contista, cronista e compositor. Teve diversas funções nas atividades culturais da cidade: foi Presidente da Academia de Letras de Garanhuns, durante 18 anos, Diretor de Cultura do Município e, atualmente, é presidente da Academia dos Amigos de Garanhuns - AMIGA. Compôs, letra e música, o Hino de Garanhuns. Mantém, desde 1995, o jornal de cultura O Século. Publicou quatro livros de poesia: Temas de Garanhuns, Partições do Silêncio, Messes do azul e Barro.
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