Jesus de Oliveira Campelo*
Sempre que tomamos conhecimento através dos meios de comunicação de ameaças de guerras, ações terroristas e, que cada vez mais cresce o desejo de países em desenvolvimento de fabricarem armamentos nucleares, químicos e biológicos, voltamos o pensamento para o passado e recordamos os dizeres que foram gravados na Praça da Paz, em Hiroshima, Japão: - "Descansem em paz, o erro jamais será repetido. Amém. -" E, ficamos a meditar! Será que a humanidade não tem memória? Será que os dirigentes das grandes potências não estão conscientes das consequências que causariam um conflito nuclear de grandes proporções? Se sabem, por que não procuram outros caminhos para resolver os problemas? E, imediatamente vem à nossa mente a lembrança dos macabros acontecimentos ocorridos nos dias seis e nove de agosto de 1945, já no final da segunda guerra mundial, quando as cidades japonesas de Nagasaki e Hiroshima foram bombardeadas por aviões americanos, com bombas atômicas, - as famosas bombas A.
Aquelas cidades foram quase totalmente destruídas, e as explosões provocaram devastações e morticínio jamais vistos na história da humanidade. O sofrimento e a agonia desse episódio ainda deverá estar presente nos sobreviventes daquela hecatombe e na memória dos que tomaram conhecimento dele, através dos noticiários e filmes daquela época. Esse acontecimento deveria se constituir numa lição importante para a humanidade, pois, a realidade mostra que a guerra, o ódio e a vingança, só geram: guerra, ódio e vingança e jamais resolverão problemas. Convém lembrar que as bombas lançadas naquela época eram rudimentares em comparação com as armas nucleares, químicas e biológicas fabricadas atualmente. Apesar dessas evidências, os homens sempre recorrem à luta como juiz final na solução de disputas, predisposição essa que reforça o ponto de vista de que ele é por natureza agressivo.
O homem deveria se espelhar na convivência dos demais membros do reino animal que se contentam, em geral, com demonstrações de agressão e raramente matam seus semelhantes, só o fazendo para se alimentarem; mesmo assim, matando animais de outras espécies. O homem, todavia, parece não ter esse escrúpulo. No seu instinto animal está incluído o comportamento agressivo, o qual é demonstrado em quase todas suas atividades do cotidiano. A perfeição seria o caminho ideal para conduzi-lo ao bem estar ao aperfeiçoamento. Essa bela faculdade que parece se constituir orgulho do homem e o torna tão superior aos outros animais, pela extensão de suas concepções, é, na verdade, mais negatividade que proveitosa em seus resultados, porque geralmente não é utilizada para proporcionar nem o bem estar nem para manter com equilíbrio a supremacia de suas ações. O animal selvagem nada inventa, mas, em compensação, sua espécie não se degenera.
Recursos maciços têm sido aplicados para incrementar o poder destrutivo das armas de guerra. Os três tipos de armas, química, biológica e nuclear estão sendo desenvolvidas em grau horrífico de poder destrutivo. Se o terrorismo internacional e a corrida armamentista não forem reprimidos, a humanidade correrá o risco de desaparecer do planeta. Por isso, antes de iniciar uma guerra o homem deveria se lembrar desta máxima : - Toda guerra só termina em acordo -, Que os homens que dirigem as nações nunca se esqueçam do que aconteceu ao Japão, nos dias seis e nove de agosto de 1945.
*Jornalista, cronista e membro da Academia de Letras de Garanhuns.
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