O tempo e o espaço se conjugam dentro do sistema biológico da espécie humana. O ser aprende pelo desdobramento de sua própria natureza tridimensional. Nesse estado, a dimensão vibratória se identifica entre dois mundos de comunicações. Esse estado cultural aparelha a mente às reflexões de ordem fraternal. E este estágio afasta o separatismo por meio da espiritualidade universal.
Não é preciso uma natureza angelical para sentir os efeitos aureolados pelos caminhos da perfeição. O homem pelo seu espírito, sabe imprimir um cunho de sociabilidade afetuosa em todas as dimensões de sua alta compreensão. Não é exibição previamente programada contra a autocensura do talento político e social da presença humana do homem criar dor de amplas possibilidades. Isso é mais um dos aspectos da improvisação mental do homem traquejado pela rebeldia. Isto é pela capacidade indefinida de criar a presença do histórico.
Autor dessa filosofia de vida o ser humano sabe que neste mundo, o domínio da compreensão não é fácil. Contudo, a presença difícil não chega atingir às raias de um problema. Nesse conceito, a capacidade de enfrentar os problemas anula os seus efeitos. Problema equacionado perde a sua qualificação, e passa para o plano da mentalidade comum.
Os problemas das massas são os mesmos da soma dos indivíduos multiplicados. Embora a psicologia coletiva nos adverte que a sociedade é mais condensadora do que as somas dos indivíduos. A sua natureza essencial implica em certo casuísmo. Dai o velho e estupidamente explorado conceito de direito público: os interesses da sociedade são superiores aos do indivíduo.
Mas não é um fato evidente que isto que sou nos meus contatos com os outros é que gera a sociedade? É que, se eu não me transformo radicalmente nunca poderá haver uma transformação na função essência da sociedade? "Quando nos baseamos num sistema para transformar a sociedade estamos apenas descartando o problema, porque um sistema não pode transformar o homem". Esse raciocínio é do privilegiado humanista cultural, Krisnhamurti, considerado "O Instrutor do Mundo".
A história nos mostra que sempre é o homem quem transforma o sistema. O homem esclarecido domina pela inteligência e é superior ao meio ambiente.
Se não me compreendo nos meus encontros com os meus semelhantes, eu sou a causa do caos, da miséria, da destruição, do medo e da brutalidade. E nos tornamos coparticipantes das agressões à natureza humana e a destruição passa cominar boa parcela da sociedade. Compreender-me não é uma questão de tempo. Queremos dizer que posso compreender-me neste instante. A compreensão não depende do tempo no sentido "cronométrico".
"Se eu digo: "eu me compreenderei amanhã", eu quero dizer que não posso compreender neste instante. Tentando adiar o tempo estou retardando o tempo, e gero o caos e a miséria, minha ação é destruidora. "A partir do momento em que digo: "eu me compreenderei" introduzo um elemento de duração e já estou mergulhado na onda de confusão e aniquilamento.
A compreensão é forçosamente AGORA. E não amanhã. Amanhã é para o espírito preguiçoso, para o espírito apático, para o homem desinteressado do problema. Quando nos apercebemos, no momento exato da ação, agimos imediatamente, existe compreensão e transformação imediata. A mudança que acontece amanhã é apenas uma modificação e não uma transformação. A transformação acontece agora: a revolução mental é AGORA, e não amanhã. O exemplo do agora se eterniza porque pertence a vida no tempo e no espaço que são o eterno presente, onde a compreensão é sempre AGORA.
*Advogado, jornalista, cronista e historiador | Crônica transcrita do jornal O Monitor.
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