Eu te levei até o mais sombrio
Recanto de minh'alma torturada:
- Inverno, primavera, outono, estio -
E quanta coisa viste abandonada.
Tu me mostraste a verdadeira estrada,
Onde o amor reconstrói, fio por fio,
A urdidura velha, esfarrapada,
Sem deixar um lugar sequer vazio.
Com que surpresa vejo em cada canto,
Onde pousaste o teu olhar tão santo,
A alegria de um novo alvorecer.
E a alma cresce e se dilata e alcança
As dimensões da alma de criança
E nunca mais pretende envelhecer.
Garanhuns, 3 de Outubro de 1965.
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