Passageiro do infinito

Evaldo B. Calado | Garanhuns, 2011

Habitas, hoje, essa "Estação". Com calma,

Desfaze a bagagem de virtudes escondidas.

Presenteia a todos com oferendas da alma,

Em tantas outras "estações" adquiridas.

Até que se encontre tua mala vazia.

Torna a enchê-la na atual "parada".

Quem sabe, tenhas de levá-la, tão pesada,

A outra "estação", a outro "novo dia".

E, em lá chegando, renova a oferenda.

Entrega o bem que na bagagem trazes,

Até que teu próximo também aprenda,

A distribuir a bênção, como agora fazes.

Muitas "estações" haverás de visitar

E, viajante seguro te farás, por certo,

Conservando a alma pura, o coração aberto,

A cada "estação" que o destino te levar.