Muro absoluto
de raízes fincadas
fora da paisagem
onde corre a ventania
muro sem janelas
e sem pingueiras
único e intransponível
muro de sombra
anoitecido chão
intercepto e feio
dorso em fio
de carcaça e vidro
inequívoco traço
de minha solidão.
*João Marques dos Santos, natural de Garanhuns, onde sempre residiu, é poeta, contista, cronista e compositor. Teve diversas funções nas atividades culturais da cidade: foi Presidente da Academia de Letras de Garanhuns, durante 18 anos, Diretor de Cultura do Município e, atualmente, é presidente da Academia dos Amigos de Garanhuns - AMIGA. Compôs, letra e música, o Hino de Garanhuns. Mantém, desde 1995, o jornal de cultura O Século. Publicou quatro livros de poesia: Temas de Garanhuns, Partições do Silêncio, Messes do Azul e Barro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário