Em mim eu sinto
o domínio da vida
que há e toco
mais que pressentir
e recebo o sopro do barro
da cor da carne, e o viço
reúno a existência
universal do mundo
e me pesa o ser
que envolve os olhos
balança os braços,
e a fala traz
para mais perto as coisas
o outro, o par de mim
e do abismo do ser
se estende
plural do mundo
aqui e sempre...
habita certamente
o que não chega
e se vai além.
*João Marques dos Santos, natural de Garanhuns, onde sempre residiu, poeta, contista, cronista e compositor. Teve diversas funções nas atividades culturais da cidade: foi Presidente da Academia de Letras de Garanhuns, durante 18 anos, Diretor de Cultura do Município, foi presidente da Academia dos Amigos de Garanhuns - AMIGA. Compôs, letra e música, o Hino de Garanhuns. Manteve, desde 1995, o jornal de cultura O Século. Publicou quatro livros de poesia: Temas de Garanhuns, Partições do Silêncio, Messes do azul e Barro. João Marques desencarnou em 22 de setembro de 2024.

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