sábado, 19 de julho de 2025

A janela, o verde e as cigarras

Alice Souto Dourado (Alicinha)*

Uma janela aberta,

o verde entrando

acompanhado de uma orquestra

de cigarras vadias.


O passado agarrado

às minhas mãos, aos

meus cabelos,

no meu rosto,


enchendo de verde claro

meus recantos escuros,

onde existe ainda

fina poeira do tempo,


se fundindo em imensurável

distância. No peitoral da janela,

um corpo, um líquido dourado,

há vozes serenas no domingo manso.


Mas, de súbito fico longe e

arrastada pelo canto das cigarras

passeio serena sobre as folhas

na floresta de eucaliptos lá no Parque.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Procura

José Hildeberto Martins | Garanhuns Ando à procura  De um deleitoso encantamento.  Quero esquecer pecados penitentes E afrontar ventos impet...