quarta-feira, 16 de julho de 2025

A festa dos bichos

Clovis de Barros Filho*

Na casa do seu João ficaram todos assustados

Os bichos estavam inquietos barulho pra todo lado

Nunca se viu na vida os bichos tão animados.


O galo cantou de repente. Galinha cacarejou 

Gavião voou bem alto piando qual um condor

Jumento zurrou feliz quebrou cabresto e peidou.

Cavalo relinchou forte. A égua correu com medo

A vaca mugiu babando protegendo o bezerro.


Coruja saiu da toca prestando muito atenção 

Canário trinou alegre como se vê no sertão

Papagaio não parava  de falar um palavrão 

Jacu voou soturno dando aos filhotes proteção.


Cascavel vibrou o guizo. Jaracuçu se enroscou

A Coral brilhou no sol e as cores destacou

Jararaca lentamente na folhagem  camuflou.

Até a surucucu do buraco se mandou.


Jabuti andou ligeiro. Tatu preferiu dormir.

Tamanduá mais esperto foi almoçar um cupim

Gato do mato esperto miava no buriti.

E bom foi ver o macaco que não parava de rir.


Seu João ficou assustado. Algo tinha acontecido.

Nunca viu coisa igual durante toda a sua vida

Vou na rua perguntar para saber do corrido.


Quando chegou lá na rua

Percebeu a diferença o povo toda sorria

Agora não tinha dúvidas o Senhor tinha voltado e era o que mais queria. 

Ai foi o seu engano o Senhor continuava lá no alto soberano


Sua curiosidade foi aos poucos aumentando

Perguntou para o padeiro qual motivo da festança

O Padeiro disse acredite acabamos de saber que o LULA ESTÁ LIVRE.

*Clovis de Barros filho,  nasceu na Serra da Prata (Iatecá). Estudou no Colégio Diocesano de Garanhuns do Admissão ao Científico onde concluiu em 1968. Reside em São Paulo desde 1970. É Licenciado e Bacharel em Química Industrial pela Universidade de Guarulhos e Químico Industrial Superior pelas faculdades Osvaldo Cruz - SP.

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