João Marques | Garanhuns, 2009
Relógio de parede
batia sempre e agora
não sei ainda contar
era menino e corria
para mais perto
o tempo ia passando
duas horas cinco três
doze e só contava nove
despontual minha vida
ficou assim mesmo
não sei a data de hoje
e quando souber
recontarei minhas horas
duas horas cinco três
cada toque uma vida
que não acaba e começa.
Fonte: Livro Messes do Azul
João Marques dos Santos, natural de Garanhuns, onde sempre residiu, é poeta, contista, cronista e compositor. Teve diversas funções nas atividades culturais da cidade: foi Presidente da Academia de Letras de Garanhuns, durante 18 anos, Diretor de Cultura do Município e, atualmente, é presidente da Academia dos Amigos de Garanhuns - AMIGA. Compôs, letra e música, o Hino de Garanhuns. Mantém, desde 1995, o jornal de cultura O Século. Publicou quatro livros de poesia: Temas de Garanhuns, Partições do Silêncio, Messes do azul e Barro.
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