João Marques* | Garanhuns, 2021
Foram-se os violões partidos
os fios vibrantes de luar
que prateavam os telhados
serenos céus de poesia
Ah! tempos de serenatas
das praças de toda a esquina.
À amada canções da espera
janelas da ansiedade
cordas também tocam instantes
os anos ferem o encanto
apenas as saudades ficam
nostalgia do nunca mais.
Domingueiras noites de sábado
madrugadas de galo e canto
não são mais as mesmas luas
bons seresteiros boêmios
e agustos - Augusto Calheiros
todos se foram... e as ruas...
*João Marques dos Santos, natural de Garanhuns, onde sempre residiu, é poeta, contista, cronista e compositor. Teve diversas funções nas atividades culturais da cidade: foi Presidente da Academia de Letras de Garanhuns, durante 18 anos, Diretor de Cultura do Município e, atualmente, é presidente da Academia dos Amigos de Garanhuns - AMIGA. Compôs, letra e música, o Hino de Garanhuns. Mantém, desde 1995, o jornal de cultura O Século. Publicou quatro livros de poesia: Temas de Garanhuns, Partições do Silêncio, Messes do azul e Barro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário