A lua esconde dentro de si
O mistério da treva,
Amortece os ruídos dos fantasmas que dançam,
Encanta os jovens amorosos que buscam uma Eva,
Alegra os violeiros que, de cantar, não se cansam.
O seu brilho fascina a Minh 'alma, em solidão,
E revive aquele "fogo-fátuo" do amor.
Também dá alento ao tímido, cheio de paixão,
E com a doce esperança d'ela ameniza a sua dor.
Em seu bojo deve haver muitos segredos,
Pois é a confidente das namoradas,
Que lhe contam suas histórias - longos enredos.
Hoje, não há tempo de te olhar, como outrora,
Pois as ilusões não mais existem. Foram trocadas
Pela realidade da vida que se tem agora.
Rio de Janeiro, julho de 1941.
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