quinta-feira, 25 de janeiro de 2024

Minha paz ameaçada

Não expedi mandado para que comprometesse a minha paz, a paz da terra, a verdadeira paz que deveria reinar nesta aldeia microscópica chamada Terra; eu não disse a ninguém que destruísse prédios, ceifasse vidas e sonhos; não disse, jamais, que era proibido aos irmãos viverem em união; dividirem alegrias e tristezas, vitórias e derrotas, saúde e doenças e pão e fome... Nada disso eu disse e nem tinha por que dizê-lo. Tudo já estava delineado, como num grande projeto de convivência, e sendo posto em prática paulatinamente, numa espécie de equilíbrio crítico, as etapas sendo desenvolvidas vez a vez.

Eu não asseverei, tampouco, que não haveria desvios de conduta e de pensamentos, no decorrer do processo. Ao contrário, sempre achei muito salutar o surgimento e a existência de algumas rupturas, pequenas, mas efetivas, com o objetivo de despertamento, reavaliação e atitudes que tais. Além disso, a mesmice, a rotina e o imobilismo jamais fizeram parte dos grandes planos da criação.

OFERTA DO DIA MARCADO LIVRE - Smart Tv 32'' Hd Tizen T4300 Samsung Bivolt R$ 1.113,13 - 41% OFF em 10x  R$ 111,31 sem juros

Você já se surpreendeu imaginando uma paisagem que não se renovasse a cada milissegundo, de forma imperceptível ao olho humano? Faça-o e verá, com os olhos da mente, a impossibilidade do imoto. O que nos parece estático, está em constante e harmônico movimento, assim dizem os papas da física aqueles que fazem a lebre perder uma corrida para a tartaruga... Coisas da física, não?

Estas coisas me passam pela cabeça enquanto jornais, rádios e televisões enchem os olhos e os ares com notícias de guerras em várias partes do mundo, notadamente, lá pelas bandas do oriente. Ali, onde a paz não parece ter estado nunca na ordem do dia, tendo como pano de fundo, certas "diferenças" religiosas, agora com a introdução de um elemento novo a Bíblia. Agora, misturam tudo, apesar de os livros, todos eles, dizerem a mesmíssima coisa (com, ou sem  batatas fritas). Na verdade, as crenças entram nessa história triste como simples tempero, somente para disfarçar o verdadeiro objetivo das "pendengas": o poder material, manifestado pelo expansionismo de alguns e extrema miséria de outros, o que não passa de verdade muito mascarada por eufemismos cansados, tais como "liberdade, igualdade e fraternidade entre os povos de todo o mundo. Não é para morrer de rir?

Falar desse tipo de coisas não é bem a minha praia mas, pensar que estou a mercê de uma lufada de anthrax ou gás sarin (aquele do metrô de Tóquio, lembram-se?), ou do terrível gás mostarda (largamente usado em alguns desfolhamentos urbanos e em muitos desmatamentos amazônicos) ou, quem sabe?, de algum desses mísseis modernos (como os que, com endereço certo e precisão milimétrica...) "os hôme ficam mandando pulos are", é coisa muito ruim...

Nem eu, nem milhões de  pessoas ao redor do mundo, acreditamos nessas "balelas" de que: "é preciso erradicar as grandes diferenças religiosas que empanam os horizontes do oriente médio"; do mesmo modo, não dá para acreditar no poderio bélico de um povo que, além das riquezas de seu subsolo e do inestimável patrimônio cultural traduzido em tesouros históricos que testemunham sua antiguidade, pouco ou quase nada tem  de tão horrível. Afinal, aquele povo, como nós, também é filho de um Deus Único, em que pese as diferentes maneiras de  invocá-Lo ou os termos com os quais Sua  mensagem de convivência seja  distribuída ao redor do mundo. Enfim para simplificar, basta admitir que  petróleo é petróleo e, o resto... bem... o resto é outra história... De minha parte, e  no que tange a justeza desses embates,  eu quero aprender... - "eu quero aprender a ser feliz / quero ter tempo e ter o que dizer / quero ter sempre alguém para  escutar / quero ter calma para compreender / que é melhor bem melhor do que fazer / versos de forma e conteúdo / eu preciso aprender a ser feliz / e descobrir caminhos menos duros / para fugir dos lugares mais escuros / e derrubar os invisíveis muros / que a vida fez questão de levantar / na estrada onde tenho que passar / se conseguir tudo aquilo que  procuro / o caminho a força e a beleza / e passarei por todas as tristezas / sem sofrer e  sem sentir a tibieza / que invade aqueles que já não tem fé / eu preciso mas preciso muito mesmo / de ouvir o que têm a me dizer / aqueles que supõem conhecer / os  mais profundos segredos desta vida / (ou da morte que sei eu como saber?) / e deles recolher a sapiência / e as formas ideais de bem viver / eu preciso escutar muitas sentenças / das que preferem os doutores da  lei / para saber quando valem as palavras / e fugir das rimas fáceis e do fervor / que  impulsionam a fragilidade / dos que  só sabem rimar amor com dor / na verdade verdadeira o que eu preciso / é fugir da pasmaceira que me cerca / e descobrir a atitude exata / para encontrar a maneira correta / de confessar as possíveis angústias / sem recorrer às meias verdades / dos que  não sabem como as informar / se houver jeito de saber o que é certo / descobrirei na medida do possível / como seguir o rumo que penso ser correto / para chegar ao lugar apropriado / o que quero saber é a razão / por que insisto - e insisto sem descanso / em tentar conquistar como aprendiz / obediente às limitações da vida / o direito de aprender a ser feliz / "Dito o que, deixemos que tudo siga pacificamente livre. Ou mais. Muitos mais. (Texto de José Gomes Sobrinho (foto) | Tocantins, 31 de Maio de 2003 | Jornal O Monitor).

Nenhum comentário:

Postar um comentário

O político e as raízes de Souto Filho

Gerusa Souto Malheiros* Do poder, meu pai não sentiu jamais o desvario, nem o considerou um bem de raiz. Da sua tolerância, da moderação e d...