Há o que se reclamar da vida, e há o que se bendizer. Todos vivem de diferentes formas sociais. Uns têm mais, outros, menos. O contentamento, a alegria não são igualmente para todos. O tempo separa as fases da vida, e o ser humano convive com o que está sendo e com o que há de vir. E acaba sendo mais ligeiro o tempo, que se formaliza em anos, meses, dias, instantes passageiros sempre, nos giros constantes da terra. Conclui-se, entretanto, que a vida não é plena, agora. Porém, o raciocínio detem-se em muitas razões que dizem ser essa vida parcial, fase como são as fases, parte de uma complexidade maior. É tão inteligente o mundo, como existência, que não é difícil o entendimento. A vida, em sendo uma realidade, é maravilhosa. E cabe à criatura considerar, mais que possível, que a vida não é apenas esse tempo de estações, de sol, de claro e de escuro. É uma continuidade, tempo a tempo, que ganha o infinito da criação. A vida, propriamente a vida verdadeira, não acaba. Enfim, a vida é espera, na qual espera o ser humano prepara ou cuida de seu próprio futuro.
*João Marques dos Santos, natural de Garanhuns, onde sempre residiu, é poeta, contista, cronista e compositor. Teve diversas funções nas atividades culturais da cidade: foi Presidente da Academia de Letras de Garanhuns, durante 18 anos, Diretor de Cultura do Município e, atualmente, é presidente da Academia dos Amigos de Garanhuns - AMIGA. Compôs, letra e música, o Hino de Garanhuns. Mantém, desde 1995, o jornal de cultura O Século. Publicou quatro livros de poesia: Temas de Garanhuns, Partições do Silêncio, Messes do azul e Barro.

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