O mundo será melhor. O terceiro milênio não é uma hipótese ideológica. É uma mensagem de vida e fé. Onde a espiritualidade se conjuga. Vibrações harmônicas se eternizam. O eterno presente tem conteúdo e forma. A vida não passa. É algo de verdade que funciona. Na sua esfera não existe o desejo. Ninguém pode acariciar uma ilusão. Essa ânsia é vulgarmente incontida. O apercebimento desperta o universo mental. "Não preciso que se invente, ou que tente para ser diferente". Tudo se transforma de acordo com as vibrações. O que nos parece estático, se movimenta no silêncio das coisas mudas. Nesse caso as palavras não se transmitem.
Cada ser humano é uno em si mesmo. O mundo exterior é uma projeção. Nós somos o mundo. O homem que alcançou a idade da razão vive interiormente iluminado. Vive, por tanto, o seu reino. Essa razão espiritual não se impõe. As coisas impostas provocam intranquilidade. Perturbam o senso moral, onde impera o equilíbrio. Este estado psicológico, é um apercebimento vocacional de quem, e para quem, as luzes que se apagam no momento simbólico da passagem do ano, não passam de mera ilusão mental.
Continua presentes em cada um de nós, os acontecimentos políticos que definem situações. Que afastam conjugações de pessoas dominadas pelos problemas. Contudo, já se entende que sem o apercebimento moral entre a sociedade como um todo. A crise continuará sempre presente em todas manifestações da vida pública. Ela se nos apresenta de forma gigantesca, a que se dão vários nomes. Inflação, juros altos, recessão, terceiro mundo e misérias. São esses problemas criados pelo homem.
Esse estado do mundo político não é produto do tempo nem das coisas. É uma continuação do negativismo, que conduz ao acúmulo de noções retardadas no curso natural da evolução. Ela se nos apresenta inteiramente incompatível às normas democráticas. Assim, dominará até quando o homem em todos os estados de sua vida, não sentir os efeitos contínuos da bondade e misericórdia de DEUS.
Explorar as classes pobres, ou ricas, é explorar todos nós, todos os seres humanos que foram criados, pela sua natureza, a imagem e semelhança do Criador. Perfeito em todas as coisas infinitas visíveis. Não estamos para enganar os nossos semelhantes, e sim para vivermos com intensidade a plenitude da vida.
O conceito de religião espiritual, atualmente, já não mais requer a diferenciação que Pestalozzi adotou. No tempo de Kardec ainda era necessário, principalmente numa obra de divulgação, como o "Livro dos Espíritos", evitar a palavra religião. Hoje, a definição filosófica da religião superou as confusões anteriormente reinantes. O trabalho de Bergson colocou o problema mais claro.
"Os espíritos afirmam a Kardec que todos os mundos são habitados. A audácia da tese parece temerária e está ainda muito longe de ser admitida. Mas é evidente que em parte já está sendo aceita por todo o mundo civilizado. Por outro lado, a condição fundamental para a sua aceitação já foi também admitida: a de que as formas de vida variam ao infinito, de mundo para mundo uma vez que a constituição dos próprios globos é também a mais variada possível".
"Hoje, nos países cientificamente mais adiantados, como os Estados Unidos e a Rússia, fazem-se experiências de laboratório para o estudo da astrobiologia. As sondas especiais, por sua vez, demonstraram a existência da vida microscópicas nas mais distantes regiões do espaço, e o exame de aerólitos vem demonstrando que as pedras estelares trazem para a terra restos de fósseis desconhecidos".
A tese da pluralidade dos mundos habitados, levou-nos imediatamente ao conceito de solidariedade cósmica. No item 176 encontramos a afirmação de que: "Todos os mundos são solidários". Esta solidariedade se traduz pelo intercâmbio reencarnatório. Os espíritos mudam de globos, de acordo com as necessidades ou conveniências de seu processo evolutivo. Essas migrações, entretanto, não são feitas ao acaso, mas segundo as leis universais da evolução. Como os homens, nas relações internacionais, espíritos superiores, cumprindo missões civilizadoras.
Da mesma maneira, espíritos de mundos inferiores cumprindo determinação probatória podem estagiar em mundos superiores se tiverem em condições para isso, voltar aos seus globos, para ajudá-los a melhorar. A evolução do mundo da espiritualidade não se limita.
"Há mundos de densidade física fora do alcance dos nossos sentidos, habitados por humanidades que nos pareciam fluídicas, e que não obstante são, no plano em que se encontram concretas e definidas. Humanidades felizes, que se encontram concretas definidas".
Humanidades felizes que se utilizam de corpos leves e habitam regiões paradisíacas, numa estrutura social em que prevalecem o bem, o amor e a paz, o perfeito entendimento entre as criaturas. Humanidade livres da escravidão dos instintos animais e dos corrosivos morais do egoísmo e do orgulho, que infelicitam os mundos inferiores. A mensagem é que os espíritos superiores amam ao BRASIL. (*Advogado, jornalista e historiador | Garanhuns, 04 de janeiro de 1992).
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